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domingo, 29 de agosto de 2010

AS ÁRVORES TAMBÉM CHORARAM

Começarei a minha crônica, com versos do singelo poeta Casemiro de Abreu:

Oh que saudades que tenho

da aurora da minha vida

da minha infância querida

que os anos não trazem mais ••••••


Por mais que eu rebusque na minha memória, lembranças anteriores, não consegui mais que a década final de 1920.
Lembra-me a Avenida Rio Branco,outrora Largo da Matriz,com os seus
calçamentos somente de largas sarjetas; lembra-me as árvores de "ficua, grandes e de sombras agradáveis nos dias de canícula e que serviam para serem amarrados os cavalos,condução popular para os dias das compras.
Nesta artéria transitavam os carros-de-bois e alguns poucos pedestres; automóveis eram raros e de poucos abastados fazendeiros; as casas eram simples,intercaladas por vetustos sobradões.
O Cemitério, era no alto, no lado de cima desta via; à direita e esquerda desta eram barrancos com casinhas humildes; a iluminação era fraca com posteação longe-longe com espaços distantes.
Assim dormitava dolentemente a cidade, até que a Prefeitura ganhou notável Prefeito, maior organizador entre os maiores, o modernizador:
Álvaro Costa - paraguaçuano, farmacêutico que ganhou as rédeas da comunidade e soube comandar, apesar de se encher de inimizades dos conservadores e prejudicados pelo bem comum.
O Presidente do Estado de Minas,Antônio Carlos Ribeiro de Andrade,quando de sua visita á esta cidade emprestou-lhe a respeitável importância de 500:000$000. 
Esta quantia foi a varinha mágica para o dirigente progressista: fez rede de esgotos,coleta de águas pluviais, ajardinamentos com inusitada irrigação, terraplenagem das ruas, iluminação central dos
dins e por fim o asfaltamento. -Era a Nova - Varginha,1930!
Ao estar enfeixando os meus últimos tempos, jamais vi,tão rápido e feliz direcionamento nesta terra natal!
Ao dar lugar para a renovação, os prejudicados, os interesseiros e as velhas "árvores-ficus",também CHORARAM ••••••••••••••••••••••
Como nada é imutável,deixo as minhas reticências,para que um próspero as continue.
- Varginha, Setembro de 88.

A.C.R